Famíla Galiza, originalmente estabelecida no Reino da Galiza,atual Espanha e hoje espalhados pelo mundo. Aqui nós iremos conhecer um pouco dos nossos antepassados e poder passar isso para nossos descendentes.

Hino da Família Galiza composição by Anna Helena, fiz o pedido da melodia a Israel/Conrado Galiza- pro Bloco Galiza e Cia

Somos Galiza
Somos alegres e temos paz no coração
Somos unidos temos um grupo e até um mascote 'O Galizão"
Somos festeiros, tamos chegando pra fazer a animação
Galizas do Pará, Maranhão e Piauí
Galizas do Ceará, Paraíba ou Tocantins
Não importa o lugar
No carnaval de Uiraúna vamos nos encontrar
No Bloco Galiza & Cia o que vale é a emoção
Ser um Galiza num tem comparação

contato : annahelena@hotmail.com.br

Agradecimentos especiais a dois grandes historiados da genealogia Galiza, abraços afetuosos a Elias Galiza e a Rodolfo Galiza por suas valorosas descobertas, sem pessoas assim interessadas não seria possível sistematizar tantas informações.

O blog existe para os Galizas se acharem, já são mais de 10 anos de pesquisa, é um trabalho complicado mas muito interessante, sobretudo a cada nova descoberta feia e postada, em breve espero publicar o primeiro livro da Genealogia Galliza.

Mapa do Reino

Mapa do Reino
Considerando a zona onde actualmente se encontram Portugal e a Galiza, vê-se imediatamente que está dividida por rios paralelos, que a separam em fatias. O Minho separa a antiga Galiza romana em duas partes, das quais a do sul, só, é actualmente portuguesa. O Douro marcava a fronteira entre a Galiza e a Lusitânia romanas, e durante muito tempo, na chamada reconquista, foi o limite da terra cristã.

sábado, 20 de outubro de 2012

Ribeira do Rio do Peixe - Fatos históricos

Chama-se ribeira uma região da qual seus rios se constituíam nas principais vias de penetração do referido espaço. Eu estava vasculhando a história da região da Ribeira do Rio do Peixe  em busca de pistas sobre os Galizas que lá fixaram suas fazendas e encontrei alguns fatos curiosos:

Um fato curioso da região foi que nas argilas dessa bacia do Rio do peixe o geólogo Luciano de Morais encontrou pegadas de Dinossauros que dão uma idade mesozóica ao oeste paraibano.Esse lugar é único no Mundo. É a maior sequência de pegadas de dinossauros que existe na face da Terra. E todos nós, brasileiros, devemos saber e enaltecer.

(....)
Um dos mais importantes sítios paleontológicos do mundo, com mais de 50 tipos de pegadas de animais pré-históricos, espalhadas por toda bacia sedimentar do Rio do Peixe em uma extensão de 700 Km². Estegossauros, Alossauros, Iguanodontes, enfim, inúmeras espécies de dinossauros viveram no sertão paraibano entre 250 e 65 milhões de anos.

Cientificamente reconhecido como um dos lugares mais importantes para realização de estudos paleontológicos, "o vale" atrai estudiosos de todas as partes deste planeta.

Uma grande aventura, citado em guias e roteiros de turismo de publicação nacional e internacional, o "Complexo Turístico do Vale dos Dinossauros" está entre um dos 100 lugares que você não pode deixar de conhecer segundo indicação da revista "ISTO É".

O Vale dos Dinossauros é portanto parada obrigatória de turistas, estudantes, ecologistas e cientistas do Brasil e de outras partes do mundo. Venha você também viver esta emoção!

Pegadas Fossilizadas

Uma das trilhas mais visitadas pelos turistas e estudiosos que visitam o Vale dos Dinossauros, no alto-sertão paraibano está no leito do Rio do Peixe, na localidade denominada passagem das pedras, no sítio Ilha, no município de Sousa. Este lugar é perfeito para quem tem atração pelo tema Dinossauros.

Turistas com espírito aventureiro não desperdiçam a oportunidade de visitar as localidades conhecidas por Serrote dos Letreiros e Serrote do Pimenta, lugares que levam a uma viagem de volta ao tempo. Aqui os Dinossauros Viveram! Eles sumiram, mas seus rastros ficaram gravados no barro de lagoas e na areia de rios em períodos chuvosos.

Foto: Spinosaurus was the biggest of all the carnivorous dinosaurs, larger than Tyrannosaurus and Giganotosaurus. http://oak.ctx.ly/r/z08

Surreal, mas se a ciência prova, então deve ser mesmo pegadass verdadeiras





Na seca, as pegadas se solidificaram, resistiram as chuvas seguintes, ganhavam novas camadas de areia e barro trazido pelas enchentes, resistiram ao tempo e hoje, fossilizadas contam a história e a vida há 65 milhões de anos. Fonte http://www.valedosdinossauros.com.br/imgvd/index.html



No ano de 1944, quando estavam sendo realizadas as escavações nas  proximidades das fontes de Brejo das Freiras, para a construção do hotel e o balneário, foi encontrada a ossada de um dinossauro, que se achava a mais ou menos dois metros de profundidade, exatamente no local onde hoje fica a piscina. Esse achado permaneceu, por vários dias, exposto à visitação pública. Depois disso, foi encaixotado e levado para lugar ignorado. Hoje se sabe que esse fóssil encontra-se no Museu Nacional do Rio de Janeiro, fazendo parte do acervo daquela instituição, e não pode retornar ao lugar de origem. Francisco Nogueira Pinheiro, mais conhecido por Chico Pequeno –  de quem estes dados foram colhidos – foi testemunha ocular desse achado. Na época, ele residia no lugar, ou seja, Brejo das Freiras, onde  faleceu a 02.11.2007, aos 89 anos de idade.  
Respondendo a uma pergunta que lhe fizera no dia 01/03/1999, a respeito desse achado fóssil, Francisco Nogueira disse, entre outras coisas,  o seguinte:
“(...) Vi quando começaram a arrancar do primeiro osso até o derradeiro; ossos dum dinossauro... Assisti arrancar toda a ossada! Vi!... Vi!... Peguei nos ossos! A dentadura dele era uma coisa muito impressionante. Era uma o... os dentes assim aboleados, bem roxinhos, como ovo de codorniz; aqueles dentes ligados no mesmo osso do queixo. Tá vendo? Vi uma costela, uma costela mais ou menos assim com... de seis a sete palmos de altura... de comprimento. A costela era uma coisa impressionante.  Os ossos do corredor pareciam uma coisa viva, que tinham sido tirados naquele instante. Ninguém sabe nem quantos mil anos fazia que estavam enterrados aqueles ossos. Mas o osso do corredor, a cabeça do corredor... direitinho, limpinho... e não tinha nada estragado. Isso que estou contando foi o que eu vi! E esses ossos foram tudo... passaram muitos dias lá encima de uma mesa; de lá foram encaixotados e levados para o Rio de Janeiro, pros laboratórios de lá. Pronto! Era  isso o que eu tinha a dizer.”     


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Fatos históricos do oeste paraibano








Aqui a desrição da antiga Vila Nova de Souza, segundo "Diccionario geographico, historico e descriptivo, do imperio do Brazil, Volume 2 Por J. C. R. Milliet de Saint-Adolphe





Mapa com a rota Colonização do sertão, quem não lembra das aulas de história do Brasil, onde a Casa da Torre da família Davila da Bahia  detinham as terras do nordeste que conseguiram tomar dos índios. Os D'Ávila eternamente latifundiários do nordeste

Página 63




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De acordo com as minhas pesquisas sobre a colonização da Parahyba, a possibilidade de algum Galiza obter sesmarias (terras não ocupadas que o rei concedia a quem quisesse) não era tão difícil, existia no Brasil a necessidade de produzir carne e alimentos para alimentar o povo já que importar custava muito e os desbravadores corajosos eram incentivados a irem sertão a dentro e guerrear com os índios e ocupar as matas selvagens.Esses colonos eram arrendatários da Casa da Torre, já então sesmeira do vale do Piancó, Piranhas de Cima e Rio do Peixe. Lembrando que a família Garcia d’Ávila,  chegou ao Brasil juntamente com o primeiro governador-geral, Tomé de Sousa, em 1549.

O castelo da Casa da Torre integrava um complexo residencial e militar, localizado estrategicamente no litoral norte a 80 quilômetros de Salvador, constituindo-se no único Castelo de estilo medieval construído na América. Ali os descendentes de Garcia d’Ávila exerceram sua influência por dez gerações, ao longo de trezentos anos, deixando sua marca na história da conquista e povoamento dos sertões nordestinos e no combate a navios invasores ingleses, franceses e holandeses.

As terras indígenas das tribos dos jenipapos, coremas, panatis, pegas e icós, localizadas no interior da Paraíba foram alcançadas pelos colonizadores da Casa da Torre, que viriam a ser detentores do maior feudo do Nordeste brasileiro, com quase um terço das terras sertanejas, nas quais descobriram vocação para a criação extensiva de gado.

Além da Casa da Torre, destacou-se no povoamento do sertão da Paraíba a família Oliveira Ledo.Entre 1702 e 1706, o capitão-mor Teodósio de Oliveira Ledo, um dos primeiros colonos da área, arrendara da Casa da Torre 28 propriedades localizadas no rio do Peixe. Nas origens do município de São João do Rio do Peixe, por volta do ano de 1691, o capitão Mor Antônio José da Cunha, proveniente da Capitania de Pernambuco, fez amizade com índios da tribo Icós, o que lhe permitiu se instalar às margens do rio do Peixe, com cerca de 1500 cabeças de gado. A exploração das sesmarias realizadas pelos colonos ou arrendatários foi motivo de conflitos entre esses, donos das lavouras e do gado, e os sesmeiros, donos formais da terra.




Uiráuna

              (...)Uiraúna por situar-se na divisa Paraíba-Rio Grande do Norte-Ceará foi ponto estratégico de ocupação.Outro fator importante para a sua colonização foi o espírito expansionista da família D’ávilla que anexaram a seus domínios as terras banhadas pelo Rio do Peixe (Sousa, São João do Rio do Peixe, Uiraúna...), eles provinham da Casa da Torre na Bahia e exploraram grande parte do Nordeste brasileiro com o intuito de acumular capitais através da pecuária.

Esses mapas são super antigos, ajuda muito a entendermos o cenário da época.



Tendo em vista o grande território conquistado pela Casa da Torre, os D’ávilla para que pudessem assegurar a ordem e impor a soberania de Portugal começaram a outorgar títulos de capitão-mor, sargento-mor e entre outros, com o intuito de estabelecer o domínio em suas terra, nomeavam também procuradores que lhes pagavam o foro e lhes serviam em troca de apoio e força junto ao governo colonial.

Há relatos que mostram que em 1601, o capitão-mor Antônio José da Cunha, vindo de Pernambuco, estabeleceu-se na região, onde hoje está situado o município, organizando fazendas de gado e conseguindo a amizade dos índios Icós pequenos que habitavam a região do Rio do Peixe e eram tribo dos Tapuias-Cariris.

Nessa conjuntura, pelos idos do século XVIII o território foi doado em forma de sesmaria ao alferes Alexandre Moreira Pinto e a João Nunes Leitão.

Vale destacar a importância do Rio do Peixe, que mesmo intermitente, revelou-se como importante meio de sobrevivência tanto para os índios quanto para os criadores de gado e seus respectivos escravos.

Na segunda metade do século XIX os senhores João Claudino de Galiza, Henrique Caetano de Galiza, Claudino Coutinho de Galiza e Joaquim Duarte Coutinho fixaram-se na região e deram-lhe o nome de Belém do Arrojado, em 1872.

Esse censo mostra alguns Gallizas em 1920 proprietários da Fazenda Nietheroy, haviam 142 propriedades.


Fonte:Recenseamento do Brasil. Realizado em 1 de Setembro de 1920. Relação dos proprietários dos estabelecimentos rurais recenseados no estado da Parahyba (1926)

Pra nossa sorte toda a história dos Gallizas esta contada em vários livros e de fácil consulta e como disse Georges Rodenbach: "os nossos mortos morrem pela segunda vez quando nós os esquecemos"  : (

Página 23
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Página 45
...

Página 23


               
 
  (...)A igreja é de 1874 e os irmãos Henrique, José, Caetano e José Joaquim tiveram de ir a Olinda para fazer, em cartório, a doação da terra que deu origem à vila de Belém, Belém do Arrojado, Belém de Sousa ou Belém do Rio do Peixe.

Acima Registros do Livro "Erundina": a mulher que veio com a chuva - José Nêumanne Pinto, editora:Espaço e Tempo, 1989

Bom, eu nunca imaginaria achar algo sobre a Família Galiza em um livro que falasse logo de Erundina e mais ainda Nêumanne Pinto,um jornalista do qual sou grande fã, ter feito esses registros, mas pra ver como são as coincidências desse mundo e possibilidades dos eventos do acaso, que místico rs. *-*





Tribos indígenas da Paraíba

O fato é que nossos antepassados não foram muito bonzinhos com os índios, teve muita matança na colonização rumo aos sertões do Brasil. A história nos mostra eventos terríveis que aconteciam na batalha pelas terras dos índios, pois eles não aceitavam a escravidão de forma alguma e lutavam até o fim. os Galizas antigos tanto matam índios como escravizaram os negros vindos da áfrica, mas foi um curto período porque logo teve a lei áurea.



Joca Claudino - Cidade localizada no vale do rio do peixe


Nascida pelos idos de mil e novecentos, sob várias denominações, Pedoca, Outro Lado, Várzea de Cacimba, servia para pousada e acomodação de descanso das tropas de burro do comerciante conhecido por Manoel Mamoso, ocupou uma área de terreno devoluto, que para repouso, abrigava-se sob a sombra de pereiros e juazeiros, quando viajava do Estado do Ceará com destino comercial ao Rio Grande do Norte, que sob a sombra das tradicionais árvores do sertão ali encontrava repouso.


Em 1912, o senhor Pedro Anacleto de Andrade, adquiriu de Manoel Mamoso as terras antes ocupadas por este, sendo a sua nova denominação Santarém dada por José Gualberto de Andrade, que se tornou proprietário do imóvel e outros herdeiros.


Historicamente a origem do nome está ligado ao fato destas terras terem como primeiros habitantes os índios icós-pequenos, paiacus e quincus-pequenos, oriundos do vizinho estado do Ceará.


Em 1979, o Padre Antonio José Duarte, adquiriu através de escritura pública compra e venda do senhor José Gualberto de Andrade, pai de outro ilustre filho da cidade, Cônego Luiz Gualberto de Andrade, incansável batalhador pela educação no sertão da Paraíba (e herdeiros) as terras que hoje fazem a cidade de Joca Claudino, na época existindo casas em pequeno número construídas de tijolo e taipa, alguns poços amazonas e reduzido número de bovinos, caprinos e suínos. Fonte: wikipedia/google




Joca Claudino

Joca fica bem perto da divisa com Ceará e RGN, na microrregião de Cajazeiras. A cidade antes se chamava Santarém. 



A cidade Joca Claudino ganhou esse nome recentemente para homenagear um Galiza ilustre, Seu Joca, vejam no mapa a localização, pertinho de Uiraúna. Uma pessoa que vira nome de cidade é uma honra muito grande.

Seu Joca - João Claudino Sobrinho
Faleceu em 1997, aos 98 anos deixando uma prole de 16 filhos, sendo o mais famoso, a figura mais ilustre e de poder econômico do Piauí, empresário  João Claudino.



Essa foto foi da festa que marcou a mudança do nome de Santarém para Joca Claudino, o empresário João Claudino segura bandeira da cidade em homenagem a seu pai.Foi um dia de muita emoção, eu acredito que ele estava orgulhoso demais.




Vejam que pesquisar a história de algum fato é ter mesmo devoção e jeito pra coisa, encontrei um mapa importante da época do império, nas minhas andanças pelo google e a fonte indica que ele pertence a Biblioteca do Congresso dos USA.

Oeste Paraibano, região da Ribeira do Rio do Peixe

Essa região q se chama Gammelas, depois virou a Fazenda Gameleira no povoado Belém do Arrojado




Distrito de Sousa, Parahyba (1868) 

Credit Line: Library of Congress, Geography and Map Division.

  



Aqui da pra viajar pelo google earth na mesma região do mapa acima da época do império, só clicar nas setas ou ampliar pra ver mais de perto.


View Larger Map



Sobre a escravidão na região de Ribeira do Rio do Peixe

A ESCRAVA LÚCIA por Antonio Nogueira da Nóbrega

A história se passa em fins do século XIX, no sítio Livramento, município de São João do Rio do Peixe – PB, distante 13 quilômetros de sua sede-municipal, e tem como palco a fazenda do Dr. Francisco José de Sousa, 40 anos de idade, advogado, dono de escravos, filho de José Francisco de Sousa. Era o fazendeiro casado com Anna Jocelenia (ou Jocelânia) de Morais, 40 anos de idade, filha de Manoel Furtado Leite, protagonista de verdadeiras cenas de horror que as vítimas ocultavam com medo de represálias. Nessa época, a escravidão negra estava na agonia de sua extinção, pois já se aproxima o Dia 13 de Maio de l888, data em que a Princesa Isabel assinaria a Lei Áurea, acabando com essa vergonha nacional.

Recuando ao dia 21-10-1881, vamos encontrar a escrava Lúcia indignada, porque havia levado mais uma grande surra, de chiqueirador, dada por Dona Anna, produzindo-lhe inúmeros ferimentos, nas costas, nos braços e nos peitos; tudo isso só porque sua senhora tinha achado grosso demais o fio que ela havia fiado. Esse era um dos ofícios de Lúcia: fiar para a casa-grande. Quando esse fato ocorreu, tinham transcorrido apenas 13 dias da emancipação política de São João do Rio do Peixe. Revoltada com os constantes maus-tratos, Lúcia resolve deslocar-se ao vizinho município de Sousa e denunciar sua senhora às autoridades daquela cidade paraibana, cuja jurisdição ainda se estendia até São João do Rio do Peixe. 



Sobre o cangaço da região de Ribeira do Rio do Peixe

Fonte:Tok de História
Existia na região da ribeira um cangaceiro famoso que se chamava Antônio Moita Braba ou Manuel Joaquim Moita Braba. Este cangaceiro era perigoso, violento, astuto e valente. Teria nascido na Paraíba, mais precisamente na cidade de Sousa. Era mameluco, tinha em torno de trinta anos e desde os dezesseis já era um “homem de armas”, tendo praticado em torno de quinze mortes.

Sua área de atuação sempre foi pequena, bem como o número de membros do seu bando. Quando uma região estava fervilhando de soldados a sua procura, passava a fronteira e buscava esconderijo em outra região. Desde o início da década de 1880 circulava entre Sousa, Belém do Arrojado (hoje a cidade de Uiraúna), e as vilas da região do Rio do Peixe, na Paraíba, passando por Luís Gomes, Pau dos Ferros e São Miguel, no Rio Grande do Norte, até o Pereiro e Icó, no Ceará.

Era sempre protegido pelos poderosos do lugar, trabalhando para quem melhor lhe pagasse, sendo útil para impor a lei dos mais fortes nas épocas eleitorais e assegurando o poder aos seus chefes, entre eles Manoel Joaquim de Amorim. Contudo, nunca foi um vassalo que se prendia exclusivamente a quem lhe pagava, era fiel até o momento em que ele achava que valia a pena ser fiel. 


As razões das mortes naquela  época eram sempre; lutas pelo poder local, demonstrações de força..as questões de terras, melindres de família,  uma descortesia mesmo involuntária, coisas as vezes de insignificância inapreciável desfechavam em sangue.

As informações mais detalhadas sobre este cangaceiro se encontram nos livros de Nonato, Raimundo. “Os revoltosos em São Miguel (1926)”. Rio de Janeiro, Ed. Pongetti, 1966, págs. 19 e 22 e Cascudo, Luís da Câmara. “Flor de romances trágicos”. Natal, EDURF, 1999, págs. 85 a 90. 



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Sobre o nome Belém dos arrojados, esses arrojados dizem respeito ao povo de uma região, poderia ser Belém dos changadores, espanhóis, indígenas ou mestiços, arrojados...E nesse caso ficou dos arrojados porque eram tipos de homens predominavam por lá. Um exemplo do adjetivo nesse texto antigo  :

(...)Em varias províncias surgem negociantes arrojados improvisam-se companhias opulentas, Ávidas de despojos e aventuras no  amplo theatro que agora se abria. A emulaçao salutar ameaçava degenerar em rivalidade perniciosa. Homens sagazes anteviram o perigo ; intervieram os Estados-Geraes...

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