Famíla Galiza, originalmente estabelecida no Reino da Galiza,atual Espanha e hoje espalhados pelo mundo. Aqui nós iremos conhecer um pouco dos nossos antepassados e poder passar isso para nossos descendentes.

Hino da Família Galiza composição by Anna Helena, fiz o pedido da melodia a Israel/Conrado Galiza- pro Bloco Galiza e Cia

Somos Galiza
Somos alegres e temos paz no coração
Somos unidos temos um grupo e até um mascote 'O Galizão"
Somos festeiros, tamos chegando pra fazer a animação
Galizas do Pará, Maranhão e Piauí
Galizas do Ceará, Paraíba ou Tocantins
Não importa o lugar
No carnaval de Uiraúna vamos nos encontrar
No Bloco Galiza & Cia o que vale é a emoção
Ser um Galiza num tem comparação

contato : annahelena@hotmail.com.br

Agradecimentos especiais a dois grandes historiados da genealogia Galiza, abraços afetuosos a Elias Galiza e a Rodolfo Galiza por suas valorosas descobertas, sem pessoas assim interessadas não seria possível sistematizar tantas informações.

O blog existe para os Galizas se acharem, já são mais de 10 anos de pesquisa, é um trabalho complicado mas muito interessante, sobretudo a cada nova descoberta feia e postada, em breve espero publicar o primeiro livro da Genealogia Galliza.

Mapa do Reino

Mapa do Reino
Considerando a zona onde actualmente se encontram Portugal e a Galiza, vê-se imediatamente que está dividida por rios paralelos, que a separam em fatias. O Minho separa a antiga Galiza romana em duas partes, das quais a do sul, só, é actualmente portuguesa. O Douro marcava a fronteira entre a Galiza e a Lusitânia romanas, e durante muito tempo, na chamada reconquista, foi o limite da terra cristã.

sábado, 9 de março de 2013

Notícias do Rio do Peixe por Neumanne Pinto

Mais uma notícia do Rio do Peixe envolvendo alguns Galizas ilustres como seu Joca, do clã dos Claudinos,  o artigo foi publicado no site de Nêumanne Pinto, grande jornalista natural da mesma ribeira, berço de muitos homens ilustres que fazem acontecer pelo Brasil. Leiam que vale a pena e tem um vídeo bem legal.




O milagre dos peixes naquele rio sem água por Neumanne Pinto

Só pode ser mesmo o princípio de uma grande fabulação nascer num lugar que se diz ser rio, mas não tem água, e do peixe, num leito seco de areia fofa com algumas cacimbas de exceção. Foi dali que vim vindo: o rio é um riacho seco e peixe havia, sim, mas, além de não ser abundante, só dava nos açudes: o Açudinho perto da casa de minha bisavó, Mãe Inda, ou o Açude das Areias, mais areia que açudes.

Ali perto, no arruado, o povoado, distrito de Antenor Navarro, quando nasci (1951), dois anos depois (1953) sede de município. Belém do Arrojado virou Canaã e finalmente Uiraúna, berço de padres e músicos. Entre os sacerdotes destacaram-se Padre França, o fundador; monsenhor Manoel Vieira, o orador, o gestor, o político, o magnífico orador sacro; cônego Oriel, o pároco de Pombal, terra do grande economista Celso Furtado; cônego Luiz Gualberto, o educador; cônego Anacleto, o pastor do rebanho local; padre Gervásio, o catequizador; e padre Domingos Cleide Galiza, o profeta heroico que enfrenta as obviedades ululantes transformadas em falsas promessas para enganar o pobre sertanejo, caso da transposição fantasiosa das águas do São Francisco. Rio do Peixe: sem água e sem peixe. Rio São Francisco: a miragem desértica da água de beber na saliva gananciosa dos políticos oportunistas.

Ah, terra também de músicos! Todos os filhos do Capitão Israel Silveira – Manuel Israel, César, Expedito, Elzinho e Dedé, o maestro que ficou para garantir a tradição do sangue harmônico regendo a banda de Jesus, Maria e José nas marchas de alvorada e retretas – tocavam e tocam praticamente todos os instrumentos à mão. Uma das cenas mais impressionantes de toda a minha vida foi ver o notável notário Manuel Israel copiar as pautas musicais dos sucessos carnavalescos para mandar para seu irmão Dedé, que, além de mestre da banda, era regente da orquestra carnavalesca que fazia furor nos bailes de Momo no sertão. Aquilo para mim era um enigma. Pois eu mesmo não seria capaz de copiar o texto de um discurso enquanto o orador falava, pois não dominava os mistérios da taquigrafia.

E eles não foram os únicos. Ariosvaldo Fernandes notabilizou-se como profícuo professor de uma geração de instrumentistas de talento, caso de meu colega de classe Eudinho de Amâncio, que seria, depois, harpista da celebrada Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro e autor da canção Lágrimas de um jumento apaixonado. E também de Raimundo de Maria Alice, baterista dos melhores grupos de cover de rock do interior paraibano. Antes deles ainda brilhou Zé de Milta ao saxofone. Até hoje me lembro de sua execução magnífica de Saxofone, por que choras?, de Ratinho, paraibano de Pilar e membro da dupla de impagáveis humoristas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro junto com Jararaca. E, da mesma forma, o talentoso trompetista Constantino de Acácio. Meu pai, Anchieta Pinto, foi pistonista à mesma época e se destacava pela potência e pelo fôlego, mas nem tanto pela musicalidade do sopro.

Hoje, alguns anos depois de a praga do bicudo haver dizimado os algodoais de que se sustentava, Uiraúna se dá ao luxo de produzir na escassez empreendedores. Alguns dos maiores e mais respeitáveis comerciantes do Brasil nasceram em meu pequeno e ermo burgo sertanejo. Foi-se o tempo em que Camau estendia a rede no meio de sua bodega e berrava a qualquer freguês ousado que insistisse em lhe interromper a sesta:

- Se quiser açúcar, vá procurar em Chico Queiroga. Minha bodega não é a única da cidade que tem açúcar, ora!

A geração de Antônio Queiroga e seus filhos, entre os quais o citado Chico, seu Neném Barbosa, Chico Euclides, Zé de Ló, Raimundo Daniel, Manoel Molico e outros pioneiros foi sucedida pelos descendentes de um de seus mais bem-sucedidos membros, Joca Claudino. Lembro-me do sucesso que fazia seu Armazém do Povo. Esse êxito viria a ser multiplicado pela filha Nicéa, proprietária dos Armazéns Parahyba e maior contribuinte de nosso Estado. E, sobretudo, por seus irmãos João e Valdecir, donos de uma plêiade de empresas nos Estados de Maranhão, Piauí, Pará e São Paulo. Nas pegadas dessa família de comerciantes prósperos também levanta a poeira um empresário que começou como guia de cego em Uiraúna, vindo da Santarém do deputado Wilson Santiago (PMDB), e que passou por Cajazeiras (como os Claudino) para fazer de seu Atacadão do Rio do Peixe outra potência comercial do sertão para o mundo.

Ao lado do clã dos Claudino, José Gonzaga Sobrinho é um exemplo da Uiraúna berço de brasileiros excepcionais como a deputada federal (PSB-SP) Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo e orgulho de todos os uiraunenses por ser um raro exemplo de político profissional que não se serve do público, mas ao público serve. Ao dar lições de honestidade patrimonial e intelectual, Erundina, assim como os Claudino e Deca, prova que a escassez de bens e as intempéries da natureza não limitam a capacidade de idealizar, planejar e executar do ser humano. Eles realizam o milagre da multiplicação dos peixes sem rio, que vivem no território imaginário sem limites do sonho, da tenacidade e da capacidade humanas.

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